
Momento da implosão do CONSUNI
O professor José Da Costa, atual reitor da UNIRIO, provou mais uma vez ser um grande ator. E teve mesmo nosso magnífico reitor uma atuação magistral durante a sessão do Conselho Universitário (CONSUNI)** para tentar forçar a “fusão”* dos hospitais – O Hospital Universitário Gaffré e Guinle (HUGG) com o Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) – e os serviços capengas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) goela abaixo do povo. O que nossa autoridade local não contava é que o povo está disposto a lutar por seus direitos de igual pra igual contra os capatazes da burguesia. E a primeira farsa a cair foi a tal da “fusão”. Para maioria do plenário, estava claro que este termo era um eufemismo para entrega e destruição do HUGG.
Em uma tarde recheada de tentativas de constrangimento moral e coação por parte da reitoria e seus lacaios para forçar uma votação a acontecer, o povo ali representado nos estudantes, técnicos administrativos e professores principalmente ligados ao campo combativo da política, sucederam em impedir a votação de acontecer na primeira tentativa.
Os conselheiros apontados pela reitoria para votar a favor de suas decisões arbitrárias não tem qualquer legitimidade para forçar uma votação a ser aceita comprometendo os direitos e acesso do povo brasileiro a serviços de saúde pública sob quaisquer que sejam as circunstâncias.
E os senhores podem tentar o quanto quiserem durante as sessões nos intimidarem e nos insultarem, o povo não tem medo de vocês e nós os insultaremos de volta. Dentro de suas salas de aulas podem se sentir imperadores, mas do lado de fora todos os senhores são homens velhos ou de meia idade e barrigudos. É precisamente por isso que estes senhores precisam dos cães do estado para exercer o seu poder, pois sem a polícia e as armas, não possuem poder nenhum. E sua incapacidade de exercer o poder sem a ação da polícia assassina se provou insuficiente diante dos defensores dos direitos do povo na tarde da quinta-feira, dia 05/06/2025.
E conseguiu ontem o reitor o que há algum tempo não se via na UNIRIO: uniu por aquele momento todas as organizações estudantis que frequentemente disputam poder entre si mesmas contra o poder do estado burguês.
Nós saudamos todas as organizações e estudantes que compareceram para enfrentar a reitoria e seus lacaios e fazemos mais chamados: se ontem éramos 20, que na próxima sejamos 2000!
A vitória do povo é sempre possível!
O resultado do conselho é, contudo, uma vitória temporária. A reitoria e seus capatazes, no alto de sua covardia, passaram a propagar mentiras contra a comunidade da UNIRIO esperando que através dessas mentiras haja uma comoção a EBSERH e a privatização de direitos, alegando os mais variados delírios e ignorando as dezenas de insultos e desrespeitos proferidos por conselheiros e outros associados aos estudantes que manifestavam ali o absurdo que é a destruição do patrimônio público pelo capital privado pelos ganhos de alguns poucos. Agora a reitoria e seus caudilhos se recusam a enfrentar o povo frente a frente, cara a cara, e buscarão realizar uma sessão online para aprovar seus planos de destruição. A sessão de conselho marcada pela reitoria terá início as 9:30 da terça-feira (10/06) e caberá agora ao movimento estudantil e aos demais companheiros combativos dos outros segmentos novas articulações para vencer novas batalhas contra a reitoria junto de seus pau-mandados e os interesses capital financeiro através dos cortes de orçamento promovidos pelo governo federal.
Esta decisão é prova de que a reitoria “Reconstrução Democrática” abandonou de vez a base que a elegeu e a legitimou, dá as costas a ouvir a oposição a suas decisões e decide atropelar a comunidade UNIRIO com mais esta decisão arbitrária. Estes covardes recusam a nos dar a palavra e o direito a livre manifestação! Eles agora recusam a nos ver frente a frente, humano a humano, sentem vergonha de sua posição como vendedores do patrimônio do povo!
Condenamos veementemente o discurso moribundo e desinspirador proferido por 2 estudantes do curso de medicina na sessão! O caminho contra a precarização de serviços públicos é a revolução, não a entrega de mão beijada da estrutura hospitalar para o fascismo.
Saudamos o discurso dos professores, técnicos e demais trabalhadores do hospital HUGG, linha de frente na pesquisa científica e no tratamento gratuito a doenças raras, linha de frente contra o bolsonarismo durante a pandemia e ontem na linha de frente contra a reitoria e associados.
Por último, condenamos nominalmente o senhor professor Pedro Celso Braga Alexandre, diretor do Instituto Biomédico (IB) que durante uma confusão envolvendo uma fotografia na lateral do auditório, tentou ordenar que um estudante preto do curso de música calasse a boca, nestes próprios termos, perante testemunhas. Os momentos de revolta podem ser parcialmente acompanhados na transmissão oficial da sessão no YouTube do momento 05:04:00 a 05:14:00**. Este é mais um episódio de ações autoritárias destes capachos medíocres que coordenam institutos inteiros na UNIRIO.
Em último momento, convocamos a comunidade estudantil da UNIRIO a se engajar cada dia mais na luta pelos direitos do povo, na luta pela saúde pública e na construção da revolução (Que para Marx, é a transformação do estado das coisas).
Com a força do povo, nós podemos levar todos os caudilhos a ruína!
Com a força do povo podemos defender o patrimônio público e o acesso gratuito ao tratamento e acompanhamento de doenças!
É com a força do povo que podemos construir a revolução!
Abaixo ao autoritarismo da reitoria e dos conselheiros capatazes!
* Quer saber mais sobre a destruição do Hospital Universitário Gaffré e Guinle e dos ataques da direita a saúde pública? Siga no instagram as páginas de informativo dos trabalhadores: @reestatizasus e @emdefesadohugg
** Deixamos abaixo algumas minutagens de momento importantes do conselho.
22:00 – Fala da companheira Maristela, servidora do HUGG, Conselheira eleita da UNIRIO
01:03:00 – Fala da professora Clarisse Gurgel
01:07:30 – Fala do companheiro da chapa “Vontade Revolucionária” de Ciências Sociais
05:04:00 – Início confusão referente a fotografia de integrantes do movimento estudantil
06:32:55 – Segunda fala da professora Clarisse que levou o professor Felipe Borba a perder a cabeça em sequência e provocar o fim da sessão tentando forçar a votação a acontecer por pressão
06:50:00 – Implosão e vitória do Movimento Estudantil e dos trabalhadores