A vitória do Novo Movimento Estudantil e o fracasso das mentiras e manipulações da direção do velho MEPR

A vitória do Novo Movimento Estudantil e o fracasso das mentiras e manipulações da direção do velho MEPR

Na linha de frente, com a bandeira e os escudos do Novo MEPR, lutaram os estudantes combativos na batalha da Uerj. Ao contrário do que diziam os campeões das mentiras e ataques pessoais, o Novo MEPR construiu de fato (não sozinho, mas lado a lado das forças mais combativas e dos estudantes independentes) a ocupação da Uerj do primeiro ao último minuto. As toneladas de imagens, registros de ato, assembleias e o testemunho de qualquer pessoa honesta – e hoje perante o país inteiro em rede nacional – provam acima de qualquer dúvida nossa participação na RESISTÊNCIA HISTÓRICA que derrotou a REItoria, a tropa de choque e o oportunismo.

Debaixo das barbas da Tropa de Choque, os estudantes frustraram o plano da Reitoria com o governo genocida do Estado de realizar uma prisão em massa e desmoralizar a greve de ocupação. Com a tática de defesa ativa, nós os derrotamos e convertemos o que parecia um cerco em uma grande batalha, vencida pela luta popular. Nas nossas fileiras, não só no espírito, mas também nas táticas e formas de luta, estavam os continuadores das jornadas de junho de 2013. Lutamos durante 57 dias em duas frentes: em uma, contra a reitoria e os oportunistas de sempre; em outra, contra a virulência e desonestidade da direção do velho MEPR, cuja atitude chegou a ser inédita em seu furor difamatório e se valeu da mentira deliberada como arma de luta política. O mais próximo disso que já vimos foi a reação do PSTU à juventude combatente em 2013/2014. Indo pelo mesmo caminho, a liderança de estilo Wang Ming* do velho MEPR colherá o mesmo resultado: a desmoralização, a divisão e a morte em vida.

Diferentemente da proposta cega e absurda de recuar para o espaço da Reitoria e esperar o Choque em um corredor fechado, a nossa Corrente garantiu que houvesse uma saída organizada, driblando e atacando a Polícia Militar com pedras, mangueira de água e rojões, com uma parede impenetrável de escudos. Nesta chuva de balas de borracha, não só se fincaram as raízes do Novo MEPR, mas também do Movimento Revolucionário de Mulheres, com a direção, resistência e espírito das mulheres de nossa organização. Havia várias gerações de lutadores na nossa resistência, compartilhando sua experiência e energia para esmagar a polícia, a reitoria e as calúnias.

Saída esta que poderia ter sido direto para o camburão do Choque, caso ouvíssemos as loucuras da direção do velho MEPR em sair pelo portão mais distanciado das ruas mais movimentadas. Chocaram-se aí duas concepções: uma, que falsamente centra no militar, sem as massas, incorrendo aí em pura encenação; outra que, centrando nas relações com as massas e atuando ombro a ombro com estas, aplica com justeza e clarividência a violência revolucionária. Um caminho leva ao isolamento, às quedas que poderiam ser evitadas e à derrota. Outro, vence qualquer dificuldade e abre caminho no curso da própria luta. Nós não precisamos prometer e não cumprir voltar mais fortes e mais preparados. Agimos!

As imagens estão aí, para todos verem. Diante da tropa de choque, a linha de frente, a única linha de frente possível, localiza-se junto aos escudos. Quem apenas tremula bandeira enquanto corre, não é linha de frente e sim a retaguarda da retaguarda.

E se dizemos que somos continuadores de 2013, não é sob hipótese alguma porque pretendemos ser os donos daquela luta. Lutamos, tanto ali como agora, ao lado do nosso povo, não à parte ou àcima, mas em seu seio. Só aqueles que se pretendem donos das tradições do movimento popular podem pensar que outros também raciocinam a seu modo. A sagrada Luta pela Terra não pertence a nenhuma corrente específica, nem começou há 30 anos tampouco, mas pertence a todo povo brasileiro e tem exatos 524 anos de história. É inimaginável para nós qualquer recuo na sua defesa assim como é inimaginável que isso nos obrigue a concordar programaticamente com uma corrente específica. Do contrário, como qualquer luta angariaria apoio a não ser de si mesma?

Isso também vale para a experiência internacional. Ninguém tem o direito de se pretender porta-voz da ideologia internacional do proletariado. É no curso da luta e através da prática que se confirma a correção ou incorreção de uma linha. Do mesmo modo, não pode uma organização de um país pretender-se porta-voz de uma organização revolucionária de outro país ou de um dirigente histórico do movimento comunista internacional, pois isto seria apenas traficar com os esforços alheios. Por isso, causou-nos espanto depararmos com uma “carta ao leitor” publicada no jornal A Nova Democracia em que, após calúnias e injúrias contra nossa Corrente, assina-se: PG. Devemos advertir ao redator de semelhante truque que, se ouvir vozes durante a noite, elas provavelmente não são do Camarada Gonzalo e seria bom para sua própria saúde procurar ajuda profissional.

Saudamos a coragem e disposição daqueles companheiros que lutaram até o fim e procuraram uma direção consequente, incluídos aqueles que não a encontraram nos seus dirigentes mestres em emulação (e alarmismo). Dizemos: estamos abertos a conversar com todos vocês. Também saudamos o conjunto de estudantes, professores e técnicos que derrotaram com grande audácia o plano sinistro da Reitoria. Desde já nos comprometemos a persistir na luta para derrubar a AEDA, Gulnar/Deusdará e derrotar toda criminalização dos nossos companheiros de ocupação. As bandeiras no alto, bem como os escudos no fronte, são uma prova do valor de nossas companheiras e companheiros e ela já não é prenúncio, mas confirmação contundente da fortaleza da nossa ideologia: marxismo-leninismo-maoismo. Desde aqui nesta data, saudamos os 20 anos de fundação do glorioso Partido Comunista da Índia (Maoista).

VIVA A HISTÓRICA BATALHA DA UERJ!

VIVA O NOVO MOVIMENTO ESTUDANTIL POPULAR REVOLUCIONÁRIO!

VIVA A JUVENTUDE COMBATIVA!

Coordenação do Novo Movimento Estudantil Popular Revolucionário

21 de setembro de 2024

*Para uma caracterização da linha Wang Ming, conferir: https://lutadeduaslinhas.wordpress.com/2024/09/16/marxismo-leninismo-maoismo-a-pedra-de-toque-da-revolucao-proletaria-no-nosso-tempo/


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