Ato Político: Palestina Livre e Soberana do Rio ao Mar! na UFF


Em virtude da data de 1 ano do Dilúvio Al-Aqsa, o maior evento da luta anti-imperialista deste século, foi realizado na última quinta-feira (10) no bloco P da Universidade Federal Fluminense (UFF), o Ato Político: Palestina Livre e Soberana do Rio ao Mar. O evento contou com a presença de aproximadamente 90 pessoas, dentre elas, estudantes, professores e trabalhadores.


Na mesa estavam uma representante do Comitê Independente de Lutas da UFF (CILU), uma representante do Novo Movimento Estudantil Popular Revolucionário (Novo MEPR), a professora Wilma Pessoa do departamento de Sociologia e Metodologia das Ciências Sociais da UFF, o professor Paulo Henrique Flores de filosofia no Colégio Universitário da UFF, a Samidoun, Rede de Solidariedade aos Prisioneiros Palestinos, o escritor, ativista e professor de geografia Igor Mendes e um histórico dirigente do movimento operário no Brasil. O ato marcou a posição internacionalista de apoio não só ao povo palestino e sua resistência, mas também aos povos do Líbano, Yemen e todos os países atacados por Israel, e dos povos da Índia que lutam contra a tentativa de genocídio do Estado indiano e sua Operação Kagaar.


As intervenções foram claras no apoio total a Resistência Nacional Palestina e todas as organizações que se propõem a lutar, organizadamente e armada, pela liberdade do povo palestino. Foram denunciados as posições colaboracionistas da Autoridade Palestina e que àqueles que vivem de joelhos vejam ao que isso leva. E também, houve um rechaço total para uma solução de dois Estados deixando claro que a Palestina deve ser um único Estado, livre e soberano, do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo. Nas falas também se ressaltou como a causa Palestina é, hoje, a que unifica a todos os democratas e revolucionários “é o Vietnã do nosso século” e como o Dilúvio de Al-Aqsa foi celebrado pelo povo palestino e que o dia 7 de outubro deve ser celebrado por todos nós, condenados da terra, como uma data histórica, como o maior acontecimento político do século XXI. Por fim, foi apontado que o caminho para os povos do Oriente Médio é a luta contra a entidade sionista que, por sua vez, é a luta contra o Imperialismo, visto que a primeira não passa de um braço do segundo naquela região e que a luta anti-imperialista deve se ligar a luta pelo socialismo, à luz da ideologia do proletariado, o Marxismo-Leninismo-Maoismo.


O ato político também contou com uma campanha internacional contra a criminosa Operação Kagaar, de cerco e aniquilamento do Partido Comunista da Índia (Maoista). Os convidados saudaram o PCI (M) e condenaram a tentativa do Estado Indiano e seu governo fascista de genocídio dos povos da Índia em luta e na parede do auditório foi erguida uma faixa com a consigna “Abaixo a Operação Kagaar do Estado Indiano!” assinada pelo Comitê Internacional de Apoio a Guerra Popular na Índia.

Em sua fala, o companheiro Gerson Lima, histórico dirigente operário, saudou e exaltou a decisão corajosa da juventude do Novo MEPR, que rompeu com a sua velha direção para fazer um trabalho verdadeiramente revolucionário e vinculado às lutas do nosso país e dos trabalhadores de todo o mundo. A presença deste histórico combatente proletário, que merece respeito e consideração pelas décadas dedicadas à Revolução de Nova Democracia, é nova prova de que trilhamos o caminho justo e correto.


A representante do Novo MEPR apontou a importância da juventude Palestina, que não se dobra, nessas décadas de resistência e a ligação entre a luta do povo palestino e a do povo brasileiro no campo e nas favelas. Assim como denuncia como Israel explodiu todas as escolas e universidades de Gaza, como tentativa de destruir a memória e a sistematização de conhecimento por aquele povo, o que não é possível pois as gerações de jovens, cada vez mais cedo, mantém viva a sua cultura e povo através da sua organização de resistência na luta armada, exemplo para nós. E ressaltou a importância de nunca subestimar o imperialismo e seu poderio, mas entender que hoje os condenados da terra são a maioria do mundo e é dever internacionalista defender e aprender com a luta dos povos oprimidos e elevar a máxima do Presidente Mao de que a “rebelião se justifica” à organizar a luta pela causa da humanidade: o socialismo, através da Revolução de Nova Democracia.

No evento também esteve presente o Movimento Revolucionário de Mulheres (MRM) que, em sua fala ressaltou a importância das mulheres palestinas na sua luta de resistência, que o lugar da mulher, que representa metade de toda a população, é na linha de frente junto aos homens e convocou todas as mulheres presentes a se somarem ao MRM e a luta revolucionária no Brasil.

Ao final do evento, a companheira do CILU, que estava na condução da mesa, chamou a todos os presentes para saírem do auditório em ato entoando palavras de ordem como: “Fora Israel, das Terras Palestinas, Fora Ianques da América Latina!” e “E viva as bombas e as malvinas, da heroica resistência Palestina!”. Do lado de fora todos formaram um círculo e assistiram as bandeiras de Israel e Estados Unidos serem queimadas, aos gritos de “Queima, queima Israel!”