Com profunda comoção e espírito de luta, homenageamos o Dr. G. N. Saibaba que desapareceu neste sábado, dia 12, aos 58 anos, após complicações causadas pela seu tempo encarcerado criminosamente em processo forjado pelo velho estado indiano. O professor de Literatura da Universidade de Delhi, foi encarcerado por 10 anos junto com outros 5 acusado de ligações “maoístas” devido a sua atuação intransigente em defesa do povo indiano como secretário adjunto da Frente Democrática Revolucionária.
O fascista governo de Modi é responsável da morte do professor, assim como responsável pela genocida operação, atualmente em curso, “Operação Kagaar”, que tem resultado num recrudescimento sem precedentes de todos os tipos de atrocidades contra as massas oprimidas da Índia, especialmente aquelas mobilizadas na guerra revolucionária agrária travada pelo glorioso PCI (M), que ousa construir o novo poder popular com as armas nas mãos.
A prisão do democrata em 2014, feita por policiais que o arrancaram da sua cadeira de rodas, foi em decorrência da Lei de Prevenção de Atividades Ilícitas (UAPA), ele e os outros 5 acusados foram absolvidos em março deste ano pela impossibilidade de provar as ligações. Porém, dos 5, apenas 4 foram soltos, pois Pandu Narote, morreu na prisão.
No caso, foram adicionadas guarda-chuvas, bananas e jornais como “provas” da ligação “naxal” e “terrorista”. Os réus enfrentaram acusações em cinco seções da UAPA, além da Seção 120B (conspiração criminosa) do Código Penal Indiano (IPC). Sempre que um tribunal inferior os absolvia, o estado recorria ao Supremo Tribunal para garantir que a decisão fosse suspensa.
Saibaba foi imposto a um regime carceráreo sem direito a cuidar de sua questão de saúde, sendo negado visitas ao hospital e acessibilidade, devido a complicações da paralisia em relação a pólio quando criança.
Em 1997, participou de um seminário no Fórum de Resistência Popular da Índia, destacando que as conquistas da Índia pós-Independência eram apenas uma “transferência de poder”. Ele enfatizou a necessidade de movimentos agrários e liderou o Fórum de Resistência Popular da Índia contra a repressão estatal em Andhra Pradesh e Bihar em 1999.
Saibaba criticou severamente as ofensivas estatais contra os Adivasis, como a Operação Green Hunt, que resultou em atrocidades contra comunidades indígenas. Ele coletou evidências que sugeriam que a classe dominante queria acesso aos recursos dos Adivasis a qualquer custo. Além de sua atuação acadêmica, Saibaba foi um defensor da libertação de prisioneiros políticos e lutou por direitos de estudantes Dalit e Adivasi na educação.
Após sua prisão, Saibaba sofreu uma deterioração de saúde, e seus apoiadores argumentam que isso foi resultado de sua longa detenção. Ele denunciou a negligência médica e as condições em que foi mantido na prisão. A experiência de Saibaba não é isolada; outros prisioneiros políticos também sofreram abusos. Ele denunciou que foi colocado em uma cela que nenhum preso havia sido ainda encarcerado e que havia o dobro da capacidade de aprisionados onde ficou.
A história de Saibaba também é a de sua esposa, Vasantha, que enfrentou desafios enormes para visitá-lo na prisão. Ela se recusou a demonstrar fraqueza durante as visitas, mantendo viva a memória de Saibaba e sua luta por justiça social. A paixão dele pela literatura e a luta dos marginalizados se entrelaçaram em sua obra, onde a poesia se tornou um meio de resistência à dor e à injustiça.
GN Saibaba, portanto, é um símbolo de luta, dedicação absoluta e resistência ao lado do povo indiano, cuja vida e trabalho continuam a ressoar mesmo após sua partida. É dever internacionalista aumentar as ações em defesa da revolução indiana, que derrota geração após geração o velho estado indiano e constrói o novo futuro através de sua intrépida Guerra Popular.
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