A declaração do cessar-fogo é vitória da resistência Palestina; após adiamento e bombardeios, gabinete de segurança de “Israel” confirma o acordo.
Nesta quarta, os corações dos povos oprimidos de todo o mundo pulsaram junto à comemoração dos palestinos diante do primeiro anúncio do cessar-fogo.
Mesmo que Netanyahu tenha adiado o cessar-fogo e aproveitado para esticar a corda, a declaração de Biden e Trump pareceu pressioná-lo a admitir derrota mais cedo ou mais tarde. Ainda assim, não devemos confiar um segundo sequer nos imperialistas e seus cães de fila, sem honra e sem palavra. Mas é preciso demarcar firme: não temos dúvida de que a primeira declaração do acordo de cessar-fogo é uma vitória da resistência palestina, que, desde o dia 7 de outubro de 2023, diante do aprofundamento do conflito permanente, segue dando exemplos de coragem e heroísmo; forçando, depois de 466 dias de genocídio, o regime sionista de Israel a renunciar às suas reivindicações.
Sem ter outra saída, continuaram bombardeando com enfoque em casas, tendas, para forçar a resistência a quebrar o acordo e justificar desmanchar o acordo. O sionismo fascista aproveita esse momento de alívio do povo palestino, mas sabe que não encontrará nenhuma facilidade já que o Hamas se pronunciou hoje denunciando as centenas de mártires ¹ e o povo palestino pode e deve comemorar a desmoralização completa de “Israel” com o cessar-fogo.
O desdobrar dos próximos dias marcará definitivamente a memória de todos que viveram do Dilúvio de Al-Aqsa até este momento e viram a máscara do imperialismo “soft” e “progressista” cair diante dos olhos. Mas principalmente, marcando novas gerações de lutadores internacionalistas e encorajando os oprimidos do mundo a não ficarem de joelhos diante da invasão e agressão colonialista e imperialista.
A resistência, após mais de um ano de combates desiguais, impõe a libertação de prisioneiros palestinos e recoloca a questão da soberania palestina no centro do debate mundial. Vitórias que colocam o imperialismo em alerta. Diante disso, temos visto Israel, junto aos EUA, por meio de declarações, tentando criar um discurso midiático de que, para que os acordos sigam, a resistência terá que recuar. Esta preocupação se dá pelo fato de que, mesmo diante da política de genocídio, tiveram seus planos frustrados ao tentarem, sem sucesso, derrotar as forças da resistência (Hamas, Jihad Islâmica, FPLP e outras) e a libertação dos prisioneiros de guerra de Israel em Gaza.
Enquanto as forças da resistência angariam um amplo apoio, dentro e fora das trincheiras de Gaza, qualquer tentativa de frear a resistência e avançar os planos de dominação de Israel certamente terá uma resposta, como tem sido ao longo das últimas décadas.
O cessar-fogo declarado é uma grande vitória, a um custo de um imenso sacrifício, cujas consequências e significado para a causa palestina seguirão repercutindo nas próximas décadas. Mesmo porque a nova geração palestina, crescida sobre os escombros de suas casas e os martírios de seus pais e irmãos, não aceitará ser governada por traidores da causa nacional, que durante esses 466 dias pegaram em armas contra a própria resistência.
Seguiremos erguendo alto a bandeira da Palestina como um exemplo de luta para os povos do mundo. Rendemos homenagem a todos os combatentes que tombaram nesta heroica luta. Vibramos pela reconstrução da Palestina em luta por sua soberania. Nos juntamos às milhares de vozes que condenam a entidade sionista a aceitar sua derrota e cumprir o acordo.
Pela libertação de todos os prisioneiros palestinos.
Pelo fim permanente do bloqueio em Gaza e demais territórios.
Pelo fim da criminalização de militantes palestinos, pró-palestinos e organizações políticas.
Palestina Livre e soberana!
Viva as bombas e as malvinas da heróica resistência palestina!
Viva a luta anti-imperialista!