Republicamos aqui a nota que saiu no sábado, dia 17/05/2025, do Diretório Acadêmico Anísio Teixeira da Universidade Federal do Fluminense (DAAT/UFF) sobre o ataque feito por integrantes da ExNEPe da USP à comissária política do DAAT/UFF que estava na USP. Essa agressão foi feita por membros mascarados na mesma semana em que os fascistas do “Instituto União Conservadora” invadiram e foram expulsos da FFLCH-USP, o que fez os estudantes saírem de suas salas e acharem que os mascarados eram da extrema-direita.
Na tarde do dia 16 de maio, sete pessoas mascaradas, na sua maioria homens, dirigidas por duas secretárias da Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe), agrediram a comissária política do Diretório Acadêmico Anísio Teixeira (DAAT) – UFF, um estudante de Pedagogia da USP e um estudante da Uerj no vão da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
A estudante Carolyne Gomes, comissária política do DAAT, alvo da agressão covarde, foi eleita secretária da pasta de Propaganda da entidade no 42ºENEPe, e vem denunciando a perseguição política praticada pela diretoria da entidade, que a impediu de assumir o cargo e na prática a destituiu de maneira completamente arbitrária*. Este verdadeiro golpe não é apenas contra a companheira, mas contra a soberania do seu mandato eleito em assembleia e demonstra o completo aparelhamento desta entidade por um grupelho sem qualquer vínculo real com a luta dos estudantes brasileiros.
Na mesma semana em que nossa companheira estava na USP para participar de diversas atividades políticas, ela tomou parte de uma grandiosa manifestação que expulsou os fascistas da FFLCH. Na decorrência dessa manifestação, dois estudantes foram presos e houve uma mobilização de várias entidades contra a invasão recorrente dos fascistas e a conivência e perseguição praticadas pela reitoria. A companheira Carolyne como militante e ativista dedicada participou ativamente destas mobilizações.
Perguntamos: onde estavam os “valentes” agressores de mulheres e de militantes na hora do combate aos fascistas? Em qual espécie de bueiro se arrastavam enquanto estas lutas aconteciam? Na verdade, desde o primeiro dia, a Tesoureira da ExNEPe, estudante da FEUSP, seguiu a companheira pelos corredores e a ameaçou e xingou. Como se vê, tal método de “luta política” em nada se diferencia das práticas abjetas que ocorrem generalizadamente nos fóruns do velho movimento estudantil da UNE e UBES. Aqui, como sempre, a intimidação e a calúnia são a arma dos fracos, os gritos dos desesperados que buscam vencer pela autoproclamação a sua própria insignificância.
Dias após a companheira ter sido seguida, tanto a Tesoureira como a outra membra da ExNEPe (e secretária da antiga gestão), estudante da UNIFESP, surgiram repentinamente com máscaras no rosto e boné e agrediram a companheira pelas costas no vão da FFLCH com socos, empurrões e pontapés. Junto com elas havia cinco homens, da USP e Unifesp, e um deles a agrediu de forma covarde.
Esses são métodos inaceitáveis para todo o movimento popular que na mesma semana combateu os fascistas em dois dias consecutivos na USP e na UFF.
Onde estava a coragem e dedicação para montar mesas na Pedagogia sobre as novas 100 escolas cívico-militares que o governador Tarcísio de Freitas inaugurou? O que esta entidade tem feito de fato sobre as pautas específicas afeitas ao curso de Pedagogia? O fato de de que seus diretores queiram resolver divergências políticas com base em agressões prova o desespero das organizações que aparelham a ExNEPe e a converteram em um pequeno feudo. Agindo com os mesmos métodos e na prática como linha auxiliar da extrema-direita, terão o mesmo fim dela, que é a lata de lixo da história. Contra tais métodos, organizar a denúncia pública e a auto-defesa são uma tarefa sagrada e constante, da qual não abriremos mão.
A ExNEPe pertence aos estudantes de Pedagogia e não ao feudo que a dirige!
Repúdio total aos agressores covardes e à secretária nacional da ExNEPe!
Todo apoio à companheira!
Abaixo a lei da mordaça e o aparelhamento no movimento estudantil!
*leia a nota de denuncia publicada pelo DAAT no dia 08 de novembro de 2024: Abaixo a lei da mordaça e o aparelhamento no ME de Pedagogia.
