O Novo Movimento Estudantil Popular Revolucionário esclarece que não comporá a manifestação do dia 18 de novembro, durante o G20, convocada majoritariamente pelo PCO e setores governistas (incluindo a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman). Embora concordemos com qualquer manifestação, venha da onde vier, em defesa da Palestina, pensamos que o endosso dessa manifestação pelos mesmos que se sentarão à mesa com o genocida Biden é menos um apoio genuíno ao heroico povo palestino do que a tentativa de reciclar seu próprio colaboracionismo de classes no plano interno e capitulação ao imperialismo no plano externo. Recentemente, o presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta, chegou a dizer que a pauta em defesa da redução da escala de trabalho 6×1 – que cresceu de forma espontânea entre vastos setores sociais, expressão de uma demanda popular legítima – é uma pauta golpista, como para ele também foram golpistas as manifestações de junho de 2013¹. Pensamos que marchar ao lado de uma espécie de ultra-governismo deste tipo seria usar a nobre causa do povo palestino para embelezar aqueles que passam pano para uma administração que nem sequer rompeu relações diplomáticas com Israel (como fizeram mesmo governos moderados de outros países) e servir ao seu objetivo de mera promoção. Ao invés de nos integrarmos a atos fortemente controlados por estes setores, pensamos que é muito mais efetivo levantar a bandeira da invencível resistência palestina em cada escola e universidade onde atuamos, bem como nas manifestações das categorias de trabalhadores, onde podemos defender nossas posições diretamente para as massas populares, sem a camisa de força do oportunismo. Ao mesmo tempo, reafirmamos o nosso compromisso, enquanto dure o genocídio em Gaza, de seguir com a intensa campanha de agitação, propaganda e ações concretas em torno da consigna de “Palestina livre e soberana do rio ao mar!” – como temos feito aqui no Rio de Janeiro desde 7 de outubro de 2023 e inclusive durante a atual Operação de Garantia da Lei e da Ordem – ombro a ombro com outras organizações internacionalistas de vários continentes e, na medida do possível, com as próprias forças palestinas.
Palestina Livre e soberana do rio ao mar!
Ousar lutar, ousar vencer!
Novo MEPR – 17 de novembro de 2024.