Na última terça-feira (18/11), dois supostos militantes a mando da direção do velho MEPR foram até a UFF para intimidar, ameaçar e agredir uma mulher, dirigente do Novo MEPR. Dizemos supostos pois quem se rebaixa a cumprir semelhante papel não merece ser tratado como ativista político, mas sim como agente provocador. Eles são: Igor Totti, integrante do Centro Acadêmico de Belas Artes da UFRJ e Bruno, um ex-integrante do movimento que disse aos berros no pelotis ter sido “transferido para o campo”, dentre outras indiscrições típicas de um liberalzinho envaidecido que um revolucionário sério jamais cometeria. Se isto for verdade, este é o segundo “destransferido” do Rio que vem nos combater desde a cisão, o que chega a ser tragicômico, pois eles mesmos são uma espécie de comprovação ambulante das mentiras que contam sobre nossa “recusa” a servir em outras frentes. Com o jeito de operar de P2 escrachados, eles foram filmados e fotografados dias antes da tentativa de agressão contra nossa companheira, que só não foi consumada pela intervenção de vários estudantes, inclusive independentes, que rechaçaram o ataque infame de dois “valentões” contra uma mulher. Se não fosse pela ponderação e trato político das/dos militantes do Novo MEPR, os dois covardes teriam apanhado ali mesmo, pela indignação que a sua conduta despertou em todos os presentes.
Vergonha!
Desde a cisão esta atitude tem sido corriqueira: homens perseguindo e ameaçando companheiras, em seu local de estudo, trabalho e até moradia, a qualquer hora do dia e da noite; estes tipos, de forma policialesca, criam perfis fakes à exaustão para bisbilhotar mesmo áreas remotamente vinculadas ao nosso trabalho; tiraram fotos dos rostos de nossos companheiros em manifestação e as compartilharam em redes sociais, prática odiosa de espionagem e delação, como também foi a de atacar nominalmente uma companheira na Uerj. Vocês poderão negar que fizeram isso?
Quem ordena semelhante abordagem, quem a executa e quem a justifica dá mostras com isso de desespero e perda de qualquer moral revolucionária.
Ou será que achar absurdo e inaceitável que dois homens partam para cima de uma companheira entraria na cartilha do que o velho MEPR nomeia de “pós-modernismo”?
Como se registra no áudio, antes da agressão frustrada, o ex-militante Bruno chega aos berros, totalmente descontrolado, dizendo fazer uma “advertência”. Depois disso, xinga gratuitamente o companheiro Igor Mendes, um destacado ativista e intelectual revolucionário. Por que semelhante ódio contra o companheiro? Por que ele exerceu o dever que se espera de um intelectual popular, que é se posicionar ao lado das ideias que julga corretas? Ou só é legítimo se posicionar se for para defender uma única posição? Qual o nome disso, marxismo ou fascismo? Ninguém tem o direito de pretender determinar quem continua ou não na luta e em que condições, coisa ainda mais absurda se parte de um grupo quase inexpressivo no movimento operário e popular brasileiro, que fala apenas para si próprio; que perdeu, e não ganhou, trabalho de massas com o passar do tempo, com raras exceções, que ocorrem exatamente onde, por uma ou outra razão, se consegue escapar da camisa-de-força oficial.
Se se lê as notas assinadas ou os recadinhos apócrifos nas publicações dos nossos velhos companheiros, elas se referem a tratar conosco como quem lida com o inimigo. Isso busca justificar o injustificável, ou seja, o cometimento de um crime, não perante a lei burguesa, mas contra a luta popular. Os métodos de ganguismo e coação física são típicos do esgoto da extrema-direita e do revisionismo e configuram, eles sim, traição dos princípios mais elementares do marxismo e passagem com armas e bagagem para o campo da reação. Advertimos que se um fio de cabelo de um nosso for tocado, será como se tocassem em todos nós, e que estará mais do que evidente onde procurar os culpados.
Por que, ao invés de nos perseguir, não respondem politicamente às nossas críticas? Por que, ao invés de fabricar difamações, não tentam entender sua incapacidade em atrair trabalhadores, jovens e mulheres? Por que, ao invés de falsificar assinaturas e reescrever documentos e trajetórias, não encaram a verdade, de que a cisão não é fruto de “fofocas”, “ego” ou ação de “mulheres seguidistas” (chega a ser comovente que tais acusações partam dos maiores personalistas e seguidistas do nosso tempo), e sim a resposta inevitável à degeneração a que levou a sua politicagem de bravatas, na qual o discurso ultrarradical convive com todo tipo de práticas direitistas? De público, lembramos a vocês o lema dos jovens maoístas desde sempre: A REBELIÃO SE JUSTIFICA!
Nós rompemos e reafirmamos nossas críticas, que têm sido provadas dia após dia. Nós somos contra a educação de bando que este velho movimento tem dado à juventude, criado em estufa e em emulação sem base, especialista em organizações paralelas. Seus dirigentes são fujões do enfrentamento político, ilustres desconhecidos das massas, “gênios” da luta “ideológica” em ambiente controlado… Olhando o papel machista e marginal de seus asseclas na UFF, só conseguimos pensar: que bom termos nos separado disto! À juventude estudantil, fazemos um chamado a construir o Novo MEPR, na luta de princípios em defesa do marxismo e na prática combativa na luta de classes, sem concessões aos métodos de tipo fascistas e reacionários de misoginia e anti-política. Aos lutadores honestos, exigimos que se posicionem com firmeza, pois quando a luta política transborda para o esgoto da intimidação, o rechaço a semelhantes métodos se transforma ele próprio em uma questão inegociável de princípios. Somos pela luta teórica, política e prática e a esse respeito não daremos nenhum passo atrás.
Este é o nosso recado, e ele tá dado!
Novo MEPR – 22 de novembro de 2024.
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