
Em meio as férias do ano passado, no dia 26/07, a reitoria soltou o AEDA38 (Ato Executivo de Decisão Administrativa, canetada da REItoria), mais conhecido como AEDA da Fome, que reduziu em muito o acesso à política de assistência estudantil da UERJ, além de retirar o acesso a essas políticas de vários estudantes. Em resposta a esse ataque por parte da reitoria, no dia seguinte, 27/07, ocorreu a ocupação, inicialmente apenas da reitoria e mais tarde do prédio inteiro do pavilhão João Lyra, a qual durou 57 dias. Durante os 57 dias os ocupantes tentaram por diversas vezes negociar com a reitoria, mas está se mostrou fechada para as conversas, querendo dialogar apenas com CA’s e DCE, os quais maioria vinculados ao PT, PSOL, capitularam e preferiram ser mais uma vez a representação estudantil da reitoria, e não o contrário. E que naquele momento não representavam os estudantes, pois em estado de greve é o comando de greve, eleito durante esta, que se torna o representante legítimo dos grevistas.
Assim, no dia 20/09/2024, após diversas tentativas que falhas em acabar com a ocupação, incluindo a criminalização de estudantes em luta por seus direitos, saiu a liminar da reintegração de posse. Isto significa que o batalhão de CHOQUE , que sobe nas favelas para matar os moradores, vai invadir a UERJ e retirar os ocupantes por meio da força, fato absurdo e inédito na história, pois nem durante o regime militar isso aconteceu. Neste dia então aconteceu a Batalha da UERJ, onde os estudantes resistiram bravamente ao batalhão de CHOQUE e conseguiram fugir dele, dando um “Olê!” neles. Entretanto 2 estudantes que resistiram até o final foram o exemplo de bravura. Além destes, um mídia ativista e um deputado foram presos. No mesmo dia foram soltos e recebidos por alunos, professores, etc.
Neste dia ficou claro que os interesses da reitoria e de seus representantes sem graduação estão do lado oposto dos interesses da maioria esmagadora de estudantes e professores. O lado dos carniceiros do povo, cães de guarda da ordem, ou seja, da burguesia e latifúndio, é completamente oposto. Nesta batalha, ficou nítido. A comunidade uerjiana presenciou a invasão por mais de 200 robocops, cena que não chegou a acontecer nem no regime militar, com o único objetivo de prender, bater e fazer da cena dos jovens sendo presos um exemplo para aqueles que ousam lutar. E no final, não conseguiram, foram derrotados por água, escudos feitos de prateleiras e rostos tampados com blusas. Pois é verdade que os estudantes não só são aqueles mais vinculados ao prédio, mas também aos diversos problemas que afetam o dia a dia da graduação: a falta de investimento, a “bolsa-salário” de miséria, a falta de acessibilidade para as mães e pais, o racismo institucional, o esvaziamento do currículo científico, a precarização da licenciatura, etc.
Atualmente a reitoria quer aprovar uma minuta, a qual foi formulada por um Grupo de Trabalho (GT) que mal teve representação estudantil, a qual irá dar seguimento ao projeto de destruição da política de assistência estudantil, motivo de muitos escolherem a UERJ e também a razão dela ser tão famosa e popular. Portanto não podemos deixar a Minuta do Retrocesso ser aprovada, devemos ir em peso no Conselho Universitário (CONSUN), do dia 04/04/2025, e mostrar a nossa insatisfação, pois nos não vamos aceitar essa política fascista da reitora Gulnar e de toda a sua corja.
BATALHA DA UERJ SENSACIONAL, PEITOU O CHOQUE DENTRO DO HALL!
CHOQUE na UERJ nunca mais!
Fora Gulnar e leva junto Deusdará!