Depois da Batalha da Uerj e a vergonha que foi para a REItoria de Gulnar e Deusdará acionar o Choque do RJ para tentar acabar com a mobilização contra as AEDA’s 41 e 42, os estudantes fizeram um grande ato em denúncia, saindo do HUPE (Hospital Universitário Pedro Ernesto) e derrubando a medida que dizia que “os atos estavam proibidos nos horários de 6h as 22h dentro do campus”. O campo combativo e independente se reuniu e criou um novo grito, baseado na Batalha da Alerj, cantando “Batalha da Uerj sensacional, peitou o Choque dentro do Hall!” se referindo a invasão e resistência no Hall do Queijo no campus Maracanã.
Enquanto outras correntes queriam dispersar o ato no primeiro andar da Uerj, o mesmo campo combativo de independente que sacudiu o ato, cumpriu com a promessa de deixar todos entenderem que o movimento estudantil venceu a ofensiva da REItoria e continuaria! Os estudantes mais do que isso, lembraram aos professores que a greve continuava e o movimento estudantil iria persistir em outras táticas. Subimos os andares da Uerj e convocamos os professores a participarem e constrangemos aqueles professores que tentaram ignorar o fato da exclusão de cerca de 6000 alunos da permanência plena.
Estudantes mantém mobilizações e denúncias após o fim da greve
E durante o mês de outubro os companheiros do Novo MEPR da UERJ participaram de um ato denunciando o problema da fila que em alguns dias estavam chegando a 2 horas de espera. A retirada do auxílio alimentação não facilitou o acesso ao bandejão a R$0,00, na verdade obrigou os estudantes a escolherem entre comer ou assistir aula.
A ocupação despertou o espírito dos estudantes para a luta coletiva e foram várias as ações coletivas que buscavam manter o movimento estudantil unido. Queríamos destacar a arte de Kel Galdino intitulado “UERJ com muros” que mostrava a importância dos piquetes e a ironia do evento da “UERJ sem muros”.
Auxiliaram na formulação realização de uma intervenção artística no hall principal da universidade denunciando a entrada da tropa de choque na UERJ e denunciando a reitoria como reeditora dos atos do regime militar fascista de perseguir, encarcerar e processar estudantes e trabalhadores em luta, como é o caso do processo ainda aberto contra estudantes e um técnico. Além de promovermos a realização de três torneios ou amistoso de xadrez e de um cinedebate junto com o CAFIL da Uerj, que vale lembrar, foi invadido e revirado pela tropa de choque.
Foram feitas diversas pichações pelo rio de janeiro saudando os 20 anos de fundação do Partido Comunista da Indía (Maoísta). O PCI (maoísta) está atualmente travando uma grandiosa guerra popular na Índia, esta que já dura mais de 50 anos, e é uma das experiências mais avançadas da atualidade. Recentemente, foi assassinado um grande lutador do povo e revolucionário, S. N. Saibaba, pelo governo indiano, que o encarcerou por 10 anos e morreu graças à complicações causadas pelo seu tempo na prisão. Além disso, o governo fascista de Modi segue intensificando a perseguição e as atrocidades cometidas contra as massas, principalmente com a
realização da “Operação Kaggar” que tem causado um aumento das atrocidades cometidos contra todas massas oprimidas da Índia.
Também estivemos presentes no ato de comemoração de 1 ano do Dilúvio de Al-Aqsa do dia (08/10) na Cinelândia onde foi explicitado que não existe espaço para a solução de dois estados e dado apoio irrestrito a Resistência armada Palestina. Esta foi uma retomada importante para a defesa nas ruas do Rio de Janeiro prestes a receber o G20. Durante o mês foram realizadas pichações saudando a heroica resistência palestina.
Na UFF, retornam as aulas, retornam as lutas
No dia (10/10), participando de campanha internacional por aumentar as ações de massas pela denúncia ao genocídio sionista e em defesa da resistência palestina, participamos do ato político em defesa da Palestina na Universidade Federal do Fluminense (UFF), no qual uma companheira do Novo MEPR estava na mesa e o evento foi feito pelo Comitê Independente de Lutas (CILU). No evento, os convidados saudaram o PCI(M) e reafirmaram que a luta internacional ainda segue sendo pela total apreensão do marxismo-leninismo-maoismo em sua aplicação como forma de libertação dos países coloniais e semi-coloniais através da Revolução de Nova Democracia e libertações nacionais, como é o caso da Palestina.
Os participantes demonstraram seu apoio irrestrito a luta armada pela libertação da Palestina e a todas as organizações que se somem a luta, rechaçaram total e completamente a solução dos dois Estados e se ressaltou que a Palestina é hoje a causa que unifica todos os democratas e revolucionários do mundo, que é o “Vietnã do nosso século” e como o Dilúvio de Al-Aqsa é o maior acontecimento político do século XXI. Após acabar a mesa, todos saíram para fora da sala e queimaram uma bandeira de Israel e dos EUA. A Samidoun, rede de solidariedade aos prisioneiros palestinos, também esteve presente no evento e está atualmente sendo criminalizada e sofrendo sanções políticas e econômicas, tendo seus canais de comunicação no telegram sendo barrados.
Após a recepção dos calouros, participamos de ato no campus Gragoatá contra o assédio. O ato foi motivado por um assédio que aconteceu dentro do bandejão por um homem, que já era conhecido como assediador. No dia, ele foi linchado pelos próprios estudantes, levado para a delegacia e liberado no mesmo dia. O assediador voltou para a UFF no mesmo dia, após o linchamento, enquanto foram encontrados lubrificante, bomba peniana e camisinhas na sua mochila. Que isso por si só não qualifique nenhum crime, o assédio cometido contra a aluna no bandejão e sua insistência a voltar para o espaço é absurdo. Nenhum tipo de assédio pode ser tolerado, e a UFF e seu movimento estudantil precisam garantir a segurança das mulheres dentro dos seus campus.
Com o retorno das aulas, alguns problemas persistem como a falta de auxílios e passe livre, sendo um gasto exorbitante para os estudantes que em sua maioria ou moram no rio, ou em São Gonçalo, tendo que depender dos superfaturados intermunicipais. Por isso, os companheiros estenderam faixas e cartazes sobre a urgência do passe-livre intermunicipal e intermodal.
REBELAR-SE É JUSTO!